sábado, 22 de agosto de 2009

Un Chien Andalou

Ouvir falar de surrealismo é muito comum mas ver é outra coisa; Um cão andaluz, curta de Luis Buñuel e Salvador Dali [sim, o pintor], faz o cinema de 1928 virar de cabeça para baixo e enlouquece a burguesia com sua crítica.


Na década de 20 surgiu o cinéma d'avant-garde que era voltado para as filmagens puramente artísticas, sensíveis, jogo de luz e sombra, efeitos fotográficos e reações do espectador, em outras palavras, convencional e barato. Buñuel e Dali fizeram um curta antiartístico, sem preocupação alguma com filmagem querendo atingir o público com atração e repulsa [o objetivo foi alcançado]. Tudo isso fica claro com a cena clássica de um homem cortando o olho da mulher com a navalha que causa arrepios até hoje, ou, quando o homem começa a bulinar com uma mulher.


É uma sequêcia de cenas desordenadas que parecem um sonho [isso não foi intencional]. A trilha escolhida por Buñuel é de Wagner, Triston et Isolde que dá um certo tom de desespero. NADA significa COISA ALGUMA dentro do curta e que, só poderia ser realmente analisado pela psicanálise. De toda forma é um grito corajoso de liberdade dos padrões convencionais, tanto em 1928 como ainda é hoje.
Esse foi indicação da minha querida Lílian que falou horas sobre as críticas de Buñuel sobre a burguesia.

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