Rachael Yamagata - Elephants... Teeth Sinking Into Heart

Quatro anos após Happenstance eis que Rachael Yamagata surge com álbum novo. Um álbum duplo bem diferente do primeiro. Tão lindo que, dependendo do estado de espírito, é melhor nem escutar.

Em Elephants as músicas são mais lentas, melancólicas; em Teeth há um rock e uma libetação. Como revelou a própria cantora e compositora: "Elephants é muito mais íntimo" e ainda completa: "Este é sobre estar disposto a correr o risco mesmo que tudo não acabe bem. Já Teeth é como recuperar sua espinha dorsal depois que você passou pela perda."

Como estava falando esses dias, Elephant é a dor de cotovelo e Teeth quando tu pensa na vingança LOL.

A letra do carro-chefe é simplesmente perfeita "And how dare that you send me that card / When I am doing all that I can do / You are forcing me to remember / When all I want is just forget you." e tem uma melodia super gostosa. Supresa grata de Elephats é o dueto com Ray LaMontagne. Álbum mais maduro, com mais técnica e sem dúvidas, com mais sentimento.

[Rachael, como sempre, infinitamente linda]

Elephants Teeth Sinking Into Heart

A Paixão Segundo G H - Clarice Lispector

Obra inquietante, angustiante e intrigante de Clarice. A personagem revela uma inconsistência e uma busca por ela mesma; procura entender quem é ela e consegue um questionamento quando se depara com seu asco e temor - a barata.

O confronto sobre o medo, sobre a solidão, sobre o que é ser humano acompanham os pensamentos da personagem ao longo do livro e não há uma sequência lógica. Segue o mesmo padrão de outros tantos de Lispector, o fluxo da consciência.

De profunda ressonância existencialista, e ao mesmo tempo portadora de um permanente exercício de esvaziamento ontológico; se lida detidamente, pode ser considerada uma obra de iluminação e de radical ajuizamento crítico sobre a condição humana.

"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo, quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."

A Paixão Segundo G H

The Big Bang Theory - Season one

Série nerd tão legal *-* Indicada pela K, Sol e Sonho e devo admitir que é de muito bom gosto.

Tá, eu já vi muita gente reclamando da série dizendo que é sem graça mas tem sim! O detalhe é que o humor é feito em cima dos gostos nerds [tem piada de física, star wars e afins].

Um grupo de nerds e uma menina linda que não tem muita coisa na cabeça é sinal de diversão. É ótimo ver Raj tentando falar com Penny, Sheldon implicando com ela, Howard fazendo suas péssimas piadas e Leonard morrendo de amores.

01. Pilot
02. The Big Bran Hypothesis
03. The Fuzzy Boots Corollary
04. The Luminous Fish effect
05. The Hamburguer Postulate
06. The Middle Earth Paradigm
07. The Dumpling Paradox
08. The Grasshopper Experiment
09. The Cooper-Hofstadter Polarization
10. The Loobnfeld Decay
11. The Pancake Batter Anomaly
12. The Jerusalem Duality
13. The Bar Jat Conjecture
14. The Nerdmabelia Scattering
15. The Shiksa Indeterminacy
16. The Peanut Reaction
17. The Tangerine Factor

Nocturne - Lars von Trier

Curta do Lars de 1980 e arrisco dizer que é o melhor dele.

Montado enquanto ele ainda cursava cinema, já trás suas características básicas, parte das 10 regras e seus dogmas. A personagem é intrigante e transmite todo seu medo e sua insegurança diante da sensibilidade das coisas e do que a luz pode esconder [uma pequena crítica aos que dizem que só o escuro omite].

Depois do trauma de ter sua janela quebrada, a personagem passa a temer qualquer luz e, ao final do curta tem uma redenção gloriosa!

Nocturne - Rapidshare

Legendas

Relógios de Sol - Nei Lisboa

O que falar do Nei? Nei é MPB, é noite gaúcha, é Porto Alegre, é bar em Bom Fim.

Tinha muito tempo que eu não escutava nada do Nei e daí me aparece uma gaúcha com saudades de casa e desenterra todos os meus cd's dele.

Relógios de Sol foi lançado em 2007 e mantém o padrão. Destaque para Isso são horas? Bonitinha e diferente.

Relógios de Sol

Dead Like Me - Season Finale

Segunda e última temporada de Dead Like me. Curtinha e interessante; não fica a vida toda enrolando com a história, é objetiva e com uma boa dose de humor negro.

A história de George faz pensar sobre o outro lado da vida [ou da morte]; como funciona a seleção de cada indivíduo para morrer e para onde vão [ou não]. Como ela se tornou ceifadora das mortes bizarras, em geral, são cômicas e inesperadas.

O povo de Six feet under devia fazer uma parceria com os ceifadores de Dead like me, seria um negócio e tanto. LOL

01. Send in the clown

02. The Ledger

03. Ghost story

04. Shallow end

05. Hurry

06. In escrow

07. Rites of passage

08. The espace artist

09. Be still my heart

10. Death defying

11. Ashes to ashes

12. Forget me not

13. Last call

14. Always

15. Haunted (Series finale)

Coffee and Cigarettes

Rotulado como comédia mas eu não concordo; entra no rol de cult ou ainda como curta. Coffee and Cigarettes marca a volta de Jim Jarmusch ao cinema.

O filme é um trabalho de longa data; o projeto é a reunião de 11 curtas que foram filmados de 1986 até 2002. A chave do filme é que não tem sequência lógica e nem explicação sobre os fatos, não tem início ou fim, apenas conversas.

Jarmusch quis mostrar o casual, o que acontece entre uma cena e outra quando os personagens se encontram ou sentam sozinhos na mesa para tomar café e fumar um cigarro. Relata apenas o uso das drogas e nossos vícios diários representados por esses elementos.

Apenar do filme ter apenas dois planos [o fundo e a mesa] tem atuações maravilhosas e aparentemente sem roteiro, na base da improvisação; Benigni participa do primeiro curta e é dono de uma história interessante, Cate Blanchett dá um show em sua dupla interpretação, como ela mesma e como uma prima.

A película transforma o espectador numa espécie de voyeur com o sentimento que está observando algo real, porém, não é e pode ser abstrair com isso.

Os diálogos são curtos e sem nexo exatamente com na mesa dos cafés. Bom filme pra quem é amante dos cults [eu gostei].

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